“Ao dar início à sessão inaugural da Academia Saquaremense de Letras, nesta data sublime e significativa noite de encantamento para os que acalentaram sonhos de servir à Cultura desta cidade, desejo, em breve exposição, explanar as razões de sua fundação.
Por diversas vezes, em conversas com saquaremenses ilustres, comentei que aqui tínhamos um enorme potencial cultural, mas precisaríamos criar uma entidade que possibilitasse, a todos os seus Membros, a oportunidade de desenvolver suas habilidades e perpetuá-las nos campos da Arte e da Cultura.
Neste sentido, idealizei um projeto, tendo posteriormente convidado outros saquaremenses para fundarmos uma Academia que visasse o desenvolvimento de natureza cultural, sem distinções políticas, sócias, religiosas ou ideológicas.
O projeto foi bem recebido por uns, aplaudindo entusiasmados, mas outros entendiam que o terreno ainda não seria capaz de fazer germinar a semente e ofertar belos frutos.
Mas o grupo de fundadores foi aumentando e, com qualidade sempre crescente, com a imprescindível assessoria do Bispo da Igreja Católica Brasileira de Cabo Frio, Dom Álvaro Francisco Lopes da Rosa, secretário geral da Academia Cabofriense de Letras. As reuniões foram feitas no Restaurante do Sr. Tancredo Moreira, com chá e torradas. E dessas tertúlias foi nascendo a Academia Saquaremense de Letras, sonho embalado por companheiros bem intencionados, que sempre desejaram incentivar o desenvolvimento cultural de Saquarema.
Teríamos, a exemplo das Academias, Cabofriense e Brasileira de Letras, o total de quarenta Cadeiras, tendo a comissão de fundação expedido cartas para convidar aquelas que vêm se preocupando com as Artes, Ciências e Letras em Saquarema, fazendo teatro, música, pintura, escultura, história, jornalismo, comunicação, versos ou trabalhos em prosa, e também às pessoas detentoras de imensa sabedoria, como Herval Antunes Pinheiro, homem ilustre, uma pedra preciosa, que por todos os seus feitos notáveis, hoje é uma lenda em nossa cidade... ou Tancredo Moreira, a quem tanto devemos, criador de inúmeros projetos sociais e culturais nos seus 20 anos de vereança, homem este que é para nós um cartão postal de Saquarema...
Não podemos falar de todos os acadêmicos, pois passaríamos a noite toda, mas não posso deixar de citar a professora Luiza Bastos Nunes, que está ocupando a Cadeira número 1.
Professora de infinita bondade,
Que nos protegia nas tempestades,
Que perdoava nossos erros,
Que, em nossa defesa, singrava os mares.
Com a sabedoria e dedicação destas e de outras pessoas a semente germinou, e aqui estamos já colhendo os frutos, com a solenidade de posse dos Membros da Academia Saquaremense de Letras, que ocorre hoje, dia 15 de junho de 2002, em noite memorável.
Em homenagem aos falecidos vultos, nascidos ou não em Saquarema, que com suas ações, arte e propósito pontificaram na vida de cada Membro desta Academia, foram escolhidos os Patronos...
Peço desculpas, em nome da Comissão Organizadora, pelas omissões que se verificarem, pois ouros nomes poderiam ter sido lembrados, tanto para Patronos como para membros da Academia, todos merecedores, tenho certeza, mas a fixação foi em quarenta nomes.
Honrado com a distinção de presidir a Academia Saquaremense de Letras, na sua alvorada, e que ora declaro instalada, rogo a Deus que esta academia seja realmente uma Casa de Cultura, Amor e Fraternidade, promovendo concursos literários, premiando e despertando tendências ou pendores artísticos...
Que a Academia tenha estabilidade,
Que perdure na eternidade do tempo,
Que a chama deste ideal se perpetue...
Que Deus nos Abençoe!!!”
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